23. O pensamento pós-colonial
A Antropologia torna-se o outro de si mesmo
Como última reflexão sobre a Alteridade, este episódio problematiza a Antropologia como seu próprio “outro”.
Fazendo um recorte na chamada “Teoria Pós-colonial” (ou estudos pós-coloniais; ou, simplesmente, pós colonialismo), a ideia é repensar o lugar de sujeito que os antropólogos tradicionalmente se colocaram, reposicionando-os como objeto de investigação daqueles que eram colocados como objeto e que passam a ser sujeitos na produção do conhecimento antropológico.
Assim, centro e periferia assumem lugares fluidos numa relação dialética, na medida em que não são mais vistos com a ilusão proporcionada pela essencialização maniqueísta.
Pensado a partir do que chamamos de “leituras críticas sobre a alteridade”, entre outros recortes possíveis, a proposta aqui é pensar o chamado pós-colonialismo como uma revolução epistemológica na Antropologia proporcionando, entre outras coisas, a chamada virada ontológica.
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Sugestão de Leitura:
ASAD, Talal et al. (Ed.). Anthropology & the colonial encounter. London: Ithaca Press, 1973.
CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre o colonialismo. Lisboa: Sá da Costa Editora. 1978.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. São Paulo: Ubu Editora. 2020.
GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. São Paulo: Paz e Terra. 1983.
GALEANO, Eduardo. Os pecados do Haiti. Publicado em 15 de janeiro de 2010.
MBEMBE, Achille. (2017). Crítica da Razão Negra. Lisboa: Antígona.
MEMMI, Albert. O retrato do colonizado precedido pelo retrato do colonizador. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2007.
SAID, Edward W. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. Editora Companhia das Letras, 2007.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar. UFMG, 2010.
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(Produção: Fred Lucio)
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